terça-feira, 29 de março de 2011

SOBRE A BANALIDADE DO AMOR

Estamos vivendo num mundo onde os sentimentos estão sendo banalizados, se é que ainda se pode dizer que existem sentimentos... Um sentimento considerado o mais nobre de todos – o AMOR – perdeu-se na banalidade e promiscuidade dos dias de hoje... Hoje AMOR é apenas uma palavra fácil de ser dita a todo e a qualquer momento... Seja para conseguir algo de alguém ou apenas porque é “bonito” dizer... Ouvimos até mesmo de pessoas que nem conhecemos... Como se fosse possível AMAR alguém que nunca se viu... Isto é idealizar o AMOR, é AMAR o ser que você criou em sua mente como sendo o ser ideal para se AMAR e não o ser real... Quando se AMA de verdade, AMA-se o ser como um todo, com suas qualidades e sobre tudo seus defeitos... Mas será que alguém conhece a profundidade disso? Será que alguém realmente já sentiu ou sente o que é o AMOR? Alguns poucos eu creio que sim (pelo menos quero acreditar)... O AMOR está perdendo seu valor, hoje ele é praticamente uma “moeda de troca”, comparado e erroneamente confundido com a paixão e com o interesse. Se alguém está apaixonado diz que AMA, se alguém está interessado em ter algo em troca diz que AMA!!!
Paixão não é AMOR, mas AMOR também tem um Q de paixão... Interesse jamais será AMOR e no AMOR jamais existe interesse (a não ser o interesse de fazer bem ao outro, sem esperar nada em troca)...

Em conversa com minhas amigas descobrimos que sentimos saudades de algo que não vivemos... Daquele AMOR verdadeiro que sai do fundo da alma e não da ponta da língua... De rosas roubadas do jardim, cafuné ao pé do ouvido, de um elogio simples e sincero, de passear de mãos dadas, de um olhar com ternura, de cumplicidade, de companheirismo, ou seja, de coisas simples e verdadeiras que só o verdadeiro AMOR é capaz de nos proporcionar...

Estou cansada de ouvir apenas palavras... Como diz Cássia Eller: Palavras apenas. Palavras pequenas. Palavras, momento. Palavras, palavras. Palavras, palavras. Palavras ao vento. Palavras apenas. Apenas palavras pequenas. Palavras
Apenas promessas de um AMOR que parece nunca chegar... Virou algo distante, quase impossível de alcançar (ou totalmente)...
Se você não será capaz de cumprir, não prometa... Não me prometa o seu AMOR, se você não é capaz de me dar... Não me ofereça rosas se nelas ou for me machucar com os espinhos...

Tantas coisas tem me acontecido ultimamente, tantas promessas não cumpridas, que sinceramente estou cada dia mais descrente do AMOR e cada dia que passa acredito menos nas promessas de AMOR... Não sei se isso é bom ou ruim... Talvez bom, pois estou ensinando os meus ouvidos e o meu coração a selecionarem o que realmente vale a pena ouvir e guardar, mas por ouro lado tenho medo de ficar tão descrente ao ponto de me tornar fria, seca... Como uma árvore linda, cheia de vida e bons frutos que em meio à neve fica completamente irreconhecível, feia, fria e seca.... Completamente seca....

Bom... Apesar de tudo isso, ainda quero acreditar que o verdadeiro AMOR, aquele sentimento profundo que sai do fundo da alma EXISTE e que cedo ou tarde terei com quem compartilhar... Alguém que pense como eu, sinta como eu e AME como eu...

Um comentário:

  1. olá Cris,

    Em primeiro lugar parabéns pela coragem de mostrar seus sentimentos! Porém fiquei preocupado com o dito do penúltimo parágrafo (fria seca?).
    Cris, o amor é um sentimento nobre são poucos os que conseguem ir até o fim, o amor é como uma pedra preciosa que precisa ser lapidada para mostrar seu brilho natural.

    bjs

    Natal

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